Ah! Como eu me lembro d` O 12 de Setembro de 2001.
No dia 10 houve uma festa de arromba e eu dormi todo o dia seguinte. Só acordei mesmo na manhã de dia 12, completamente restabelecido e sem vestígios de ressaca. Recordo-me da tranquilidade e leveza que senti durante todo o sono, sonhando que voava por entre verdes vales, brancas montanhas e magníficos edifícios.
Levantei-me da cama era já quase hora de almoço, e eu, esfomeado, preparei uma sande americana e sentei-me em frente ao televisor. No entanto desisti logo porque, como sempre, estavam todos a dar a mesma coisa e a mim não me estava a apetecer ver outra vez o “Assalto ao arranha-céus”.
Acho que depois fui até ao café para comer uma sobremesa mas o empregado nem me ligava pois estava colado ao que parecia ser um canal árabe qualquer. É o que faz ter-se antena parabólica, depois fica-se viciado em qualquer lixo que apareça na TV. Pois eu não me fiz rogado e fui-me embora.
Ao regressar a casa, um Porche 911 passou por mim a grande velocidade, parei para o observar. Era uma bela máquina, ágil e veloz. Quando me virei para prosseguir o meu caminho reparei que quase pisava uma belíssima flor que brotava por uma fenda no passeio, desviei-me e sorri, continuando até casa.
Graças àquele 911, consegui ver o caminho, mesmo sabendo que a próxima pessoa poderia não o ver e a destruição da planta tinha sido apenas adiada.